E agora?... O que faria?... Tinha que fazer!...Não podia fazer!...Como Fazer?... Não faria!... Faria?... O que fazer?... Estava no inferno! Não sabia como havia chegado lá,... Não! Ele sabia sim!
O inferno tinha quatro metros quadrados, com uma estreita abertura gradeada por onde entravam e saiam. Ao lado uma parede, um vão que levava a ducha, em frente o boi, um buraco no chão onde eram feitas as necessidades, seu lar. Todo de cimento, frio, áspero, cinzento.
Ele estava saindo da boca quando eles chegaram, perderam o traficante, mas o encontraram. Ele tinha algumas com ele, foi o bastante, lá estava o traficante: ele.
Não importava o que dizia, fazia, era ele. O choro de sua mãe, não encontrará eco, encontrará ameaças. A sorte havia sido traçada, era ali que desfrutaria de seu futuro.
Em instantes os demais presos amontoados souberam: Traficante nada. É nóia! Rapazinho novo, belo ainda, logo na primeira noite sentiu-lhe penetrar toda a angustia e sofrimento que sentiria naquele lugar.
O lixo nóia, lixo para a policia, lixo para a justiça, lixo entre os condenados. Descobrirá ali que na escala do lixo, era o lixo-mor. Nunca furtará, nunca roubará, nunca estuprará, nunca matará. Como seus torturadores de cela haviam feito.
Fazia de tudo para ter droga. Apanhar era cotidiano. Dormia no boi, com o fedor e as baratas que saiam daquele buraco fétido. A comida, quando não lhe tomavam, era azeda. Em pouco tempo estava irreconhecível.
Ainda assim seu maior sofrimento era ver a face de sua mãe marcada pela dor de ver seu filho destruído. Rasgava-lhe o coração até o mais intimo de seu ser ver cada marca na face daquela que amava e nunca o abandonará. Sufocava-lhe o peito saber as humilhações pelas quais passava para ter aqueles momentos com ele.
Ele devia! Tinha que pagar, já não tinha como fazê-lo. O traficante propõe: Mate! Perdôo a divida! Te dou uma noite de nóia! Senão quem morre é você!!! O que faria?
Pela manhã encontram o corpo. Estava morto! Jamais teria coragem de matar a outrem. Sua pobre mãe, com as faces inundadas pelas lágrimas, via o descaso com que o corpo do filho era tratado. Como se mil facas lhe cortassem a alma, ela sofre como nunca sofreu na vida.
Nossa! essas histórias são fortes, tristes, mas, necessárias. Quem sabe, um dia nossos jovens fiquem livre dessa praga.
ResponderExcluirOlá Professor passei aqui para deixar meu agradecimento pelos comentários em nosso Blog e me deparei com os "contos do crack", que sem dúvida é uma bela iniciativa. Conte conosco sempre na luta contra as drogas. Wagner Eustáquio. http://colunawagnereustaquio.blogspot.com
ResponderExcluirMaravilha... Gostei muito. Simplemente show. Abraços.
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirParabéns parceiro.
ResponderExcluirCada vez me encanto mais com seus contos, é muito real... a pele arrepia e parece que consigo sentir a dor dessa mãe.
Simplesmente perfeito!
Um abração.
Eu tenho filho de 11 anos, que vive com a mãe, e temo muito pelo futuro dele sim, com essa droga proliferando e os lares sem valores distintos.
ResponderExcluirQuero que meu filho leia esse e outros contos logo pra ficar bem informado. Não tenho problemas com ele até hoje, mas é bom prevenir, ele que vive em cidade grande.
Obrigado por compartilhar! Pode ficar certo que será de grande utilidade para todos os pais e os adolescentes.
Abraços e continue nessa campanha!! Paz Profunda!
ola meu rico e fofossimmo Knoor
ResponderExcluiracho q pra qualquer mãe ver o filho em tal situação é destruidor, bem ja nos acabamos quando eles tem uma simples dor de barriga imagina a dor ao ver um filho em tal estado.
Bem acho q hj em dia este é o maior medo de nos pais embora muitos por medo ou por achar q tocando no assunto iram incentivar a curiosidade evitam falar sobre o assunto, bem oso muito aberta com minha filha sempre fui, como tu sabes sou fumante e ela sempre pega no meu pé pelo bendito cigarro ela sempre acaba comigo me olha com os olhos arregalos e diz : é dona ruivano faça o q eu digo mas num faça o q eu faço !! foda!!!!
mas voltando ao texto sabes guri tive amigos maravilhosos incapazes de cometer de praticar o mau naum batiam nem em cachorros o grande defeito o grande mau foram se perder neste mundinhu, e depois de um tempo se perderam deste mundo, lembro´me revoltada na despedida de um de meus amigos onde todos familiares falavam a mãe como forma de consolo q a morte havia sido o melhor remedio q ele agora estaria bem q ela teria paz... num preciso falar o tamanho de minha revolta né, se eu q era muito amiga dele num aceitava isso imagina a mãe
acho q esta mais do q na hora de mudar as coisas e naum deixar nossos jovens amigos entes queridos serem perdedores deste grande mau
como citei em um desabafo alguns dias depois da morte de meu saudoso e grande amigo
"Droga" quem disse que já era sua hora
Quem julgou seu tempo
Falam que errar é permitido
E sempre ha uma change quando se sabe que esta errado
Quem roubo sua change..."
bjim meu rico knoor
Puxa, ler algo assim é bem complicado, é como sentir o que eles passam, até mesmo por um outro ângulo.
ResponderExcluirOi meu irmão Ademar,grande amigo, lindo este conto, mais tão triste que comoveu meu coração, porque pude ao ler me colocar no lugar desta mãe. é como se uma espada transpassasse meu coração.Graças a Deus Pel misericórdia de Deus meus filhos nunca me deram trabalho. no entanto fico penalizada e sinto as dores destas mães que sofrem ao ver seus filhos definhando nos maus caminhos. Amigo parabéns pelo texto e por seu trabalho tenho certeza que através do seu trabalho muitos encontrarão o caminho de volta.Bjo no coração amigo querido. Deus abençoe sua vida.
ResponderExcluirOi amigo é muito forte essa historia que mostra a vida arruinada de um filho e a dor e sofrimento de uma mae, fico pensando: A qual das dores é maior para essa mâe, ver o seu filho escravo dos vícios ou vê-lo morto? Filho que não é alguém que aparece em nossas vidas eles fazem parte dela.
ResponderExcluirUma bela tarde!!
Olá Ademar querido!
ResponderExcluirBem, como sempre conversamos, os finais, para quem insiste continuar nesse mundo das drogas, só podem ser 2: morte ou reabilitação... Para aqueles que não buscam ajuda e preferem a morte (lenta e mais sofrida), o difícil é saber que junto com eles levam familiares e as mães...Ahhh...penso demais nas mães, pois como mãe digo que nenhuma pensa num futuro desses para os filhos! E aí, acho que por maior que seja o amor, diante de tanto sofrimento, muitas realmente prefiram que seus filhos morram a terem que vê-los enfrentar essa rotina tão degradante.
Triste, né Ademar? Mas tão real e comum nas ruas perdidas das grandes cidades...
Grande beijo,
Jackie
Difícil me comover assim, mas foi o que aconteceu ao ler o conto. Não pude evitar um arrepio gélido passando pela espinha.
ResponderExcluirAdemar, confesso que me senti nos 4 metros quadrados durante toda a leitura. Aliás, lia o texto com sofreguidão, com angústia, querendo era terminar logo para me ver livre dos 4 metros, ou menos que isso, talvez.
ResponderExcluirForte Abraços
Ave maria, que situação tristíssima, arrepiante, dolorosa, extrema. Longe disso, por favor.
ResponderExcluirSeu texto é incrível.
Quero que conheça os meus, também sou escritora.
http://imperiodosdeuses.blogspot.com/
Mas meu tema é a mitologia grega.
um beijão,
Sarah Micucci
http://t.co/vklbyKr
Obrigada amigo!
ResponderExcluirVocê é que é muito especial e é por isso que gostamos de você.
Um abraço.
Amigo Adilson,
ResponderExcluirVocê pegou um tema controverso e deu um lado humano, uma realidade de muitas pessoas, vão ler, pensar e quem sabe, alguém vai lembrar seus textos e não cometer o primeiro pecado...
Um abraço de Portugal e parabéns pelo trabalho excelente
BOM juizo na cabeça dos jovens!!!
ResponderExcluirNinguém pôs arma na cabeça de ninguém obrigando a usar. Que vá morrer longe de mim.
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