terça-feira, 5 de abril de 2011

São Paulo do Crack


Charge de Jean Pires de Oliveira

Números que assustam

Morte anunciada: Um em cada três usuários de crack morre nos primeiros cinco anos de consumo da droga, segundo estudo da Unifesp. Veja as principais causas da morte.



42% foi o crescimento da procura de dependentes de crack pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) entre 2005 e 2009



600 000 pessoas fumam crack hoje no Brasil, segundo estimativa do Ministério da Saúde. Em 2005, esse número era de 380 000. O aumento foi de 58%. Com certeza,  bem abaixo da realidade.

Crack: "De cada dez pessoas que provam, nove viram dependentes"

Henrique Skujis e Maria Paola de Salvo | 02/06/2010

Jorge César Gomes de Figueiredo, psiquiatra especialista em dependência química

“Antes, aparecia só um ou outro dependente de crack. Hoje, dos sete pacientes internados na minha clínica, que tem mensalidade de 13 500 reais, três são viciados nessa droga. Tem advogado, filósofo, professor... O poder viciante é impressionante. De cada dez pessoas que provam bebida alcoólica, uma vira dependente. Com o crack, são nove.

Quem fuma não precisa de mais nada. Encontra tudo na droga. Tem a sensação de que é forte e invulnerável. Rapidinho, o prazer da droga desaparece, mas a lembrança eufórica faz com que a pessoa não consiga largar. Ela fica agressiva, perde a autocrítica. Se precisar pisar no pescoço da mãe para conseguir a droga, vai pisar. Quem fuma crack vira um monstro.”
Jorge César Gomes de Figueiredo, psiquiatra especialista em dependência química 
Fonte: Veja São Paulo de 02/06/2010